quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Brasil x Canada

Fim de papo em Mar del Plata. O Brasil venceu o duelo contra o Canada. Placar? 69x57.


É verdade, o placar não me deixa mentir o jogo passou longe de ser um primor técnico. O que a essa altura, sinceramente é o que menos me preocupava. O meu grande temor para essa partida era a defesa. E graças a Deus, e ao provável puxão de orelhas de Rubén Magnano em seus comandados, a seleção brasileira defendeu bem o jogo todo. É também verdade que não foi uma defesa espetacular, mas foi suficientemente sólida durante toda a partida.

No entanto, o ataque piorou muito. Se na ultima partida abusamos das precipitações e usamos pouco o Tiago Splinter. Hoje a coisa foi ainda pior, mantivemos a pressa em definir as jogadas, abusamos da individualidade, e pra piorar ignoramos quase que completamente a presença do Tiago em quadra.

Na partida de hoje os problemas no ataque quase nos custou a vitória. Mas não só pelos problemas acima listados, mas porque mesmo nos raros momentos em que trabalhamos minimamente bem as jogadas e chutamos livres, não conseguimos converter. Nesse caso vale comparar os números:

Venezuela: Canada:

Chutes de 2: 26/41 (63%) Chutes de 2: 23/46 (50%)

Chutes de 3: 9/22 (41%) Chutes de 3: 7/21 (33%)

Nesse caso os números deixam algumas coisas claras:

1º - A defesa foi evidentemente melhor já que tivemos mais arremesso em consequência do maior numero de posses de bola. Isso torna-se ainda mais evidente quando percebemos que tivemos ainda 11 desperdícios de posse de bola, enquanto na estreia tivemos apenas 8;

2º - A mão dos jogadores brasileiros estava mesmo torta, já que com mais posse de bola e mais chutes tivemos muito menos pontos;

3º – A seleção brasileira não tem a menor sensibilidade pra escolher a melhor opção de jogo. Mesmo com um aproveitamento ruim na linha de 3 chutou apenas uma bola a menos que a partida anterior.

Mas nem só de coisas ruins esse jogo foi feito, se na ultima partida cedemos mais rebote ofensivos do que gostaríamos, na partida de hoje a coisa foi diferente, mesmo encarando um time mais alto que a Venezuela.

Bom, dito isto, vamos ao Raio-X:

Destaque coletivo: Defesa – Aquela defesa ridícula, passiva que vimos na estreia nem de longe pisou na quadra hoje. Sabemos que ainda pode melhorar, mas daquele jeito não teríamos nenhuma chance.

Desastre coletivo: Ataque – totalmente precipitado, sem qualquer leitura de jogo, e com um aproveitamento fraquíssimo. Espero que Magnano consiga aproveitar o dia de folga pra colocar de volta o basquete coletivo que vimos nos amistosos.

Destaque individual: Marcelinho Huertas – O armador brasuca, botou a bola embaixo do braço no ultimo período e resolveu a parada, terminou a partida com números: 17pts, 5reb, 6ass 1rou, vale ainda dizer que o único desperdício cometido por ele foi numa tentativa de dar um passe digno do Magic, rsrsrs...

Desastre individual: Marquinhos – O ala tem muita confiança do técnico, além de ser reconhecidamente um dos nosso melhores e mais versáteis jogadores. No entanto, ainda não estreou nesse pré-olímpico. No primeiro jogo se limitou a chutar 3 bolas, com um bom aproveitamento de 66%. Já hoje, mesmo participando mais do jogo teve um aproveitamento ridículo de 16,7%.

Bom amanhã é dia de descanso pro Brasil, ficarei de olho nos outros jogos, e prometo um post sobre o espetáculo argentino. Para os matemáticos aqui esta o Boxscore.

7 comentários:

  1. Hoje deu pra ver o jogo, e não da pra aturar Nezinho e Marcelinho na seleçao.

    E o Benite não faz nada que preste! Praga de francano pega!

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  2. Tem muito mala na internet cornetando a seleção brasileira.
    O time ganha, e vocês metem o pau.
    O time perde, e vecês metém o pau também.
    Pô o time ganhou, não custa dar apoio, parece que estão todos torcendo pela derrota.

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  3. Incrivel como se encontra defeito quando se quer. Você reclama que o time chutou muito de 3, mas chutou menos que na outra partida.
    Tem muita má vontade com a seleção.
    O time não esta bem, mas o importante é vencer.

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  4. Eu acho que o anonimo e o Alex estão totalmente deslocados. O iportante é termos uma análise imparcial, que passe as informações seguras. Não adianta bancar o Galvão Bueno e adoçar a pirula.

    Eu torço pelo Brasil, mas não fecho os olhos para os nossos inúmeros erros.

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  5. Quem se contenta com pouco está fadado ao fracasso. Sim, o importante é vencer, mas é preciso ser razoável e ver que quem joga mal contra Venezuela e Canadá vai ter dificuldade pela frente quando encarar times de verdade.

    A defesa melhorou, sim, mas o ataque continua desconjuntado, como bem mostrou a matéria. Até jogadores experientes como Giovannoni fizeram bobagem ontem. E Marcelinho e Marquinhos, que eram duas grandes esperanças, estão decepcionantes.

    Palmas pra Splitter e Huertas. O Brasil está sendo carregado nas costas por esses dois.

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  6. Calma Rapaziada, vamos por partes:

    1º - Esse blog, é uma ferramenta do torcedor. Eu sou um torcedor, que busco democratizar a informação, e promover o debate democrático. Não sou jornalista, não sou imparcial, cada ponto de vista meu ressaltado aqui é visando a melhora do basquete brasileiro e o sucesso da seleção e do NBB;

    2º - Como disse acima esse é um espaço democrático, todas as opiniões são bem vindas, mas peço que observem, que não faço críticas sem qualquer fundamento. Contesto baseado no que vejo. O que não quer dizer que meu ponto de vista do jogo, seja uma verdade absoluta. Esse espaço esta aqui exatamente pra debatermos os pontos de vista;

    3º - No entanto, não acho q o elogio gratuito será benéfico pra ninguém. Temos que apoiar o time, assistindo os jogo torcendo e tudo mais, mas fazer elogios que a equipe não mereça seria iludir os torcedores que não puderão ver o jogo e talvez até mesmo nossos atletas que podem achar que estão jogando o suficiente.

    Por ultimo, só pra esclarecer, não acho q só pelo fato do Brasil ter chutado um bola a menos da linha de 3 em relação a partida anterior, (mesmo tendo mais posses de bola nesse jogo), signifique que soube ler melhor o jogo e escolher melhor o arremesso. O que foi determinante não foi o Boxscore, e sim a observação do jogo eu reparei que chutamos varias bolas antes de tentar trabalhar a jogada, que precipitamos varis chutes de 3 marcados nos primeiros 10seg de posse de bola. Se isso não pode ser considerado um erro de leitura do jogo, por parte de atletas experientes como: Alex, Giovannoni, Marcelinho e cia, não sei que pode. Sobretudo se considerarmos o evidente aproveitamento ruim. Não me entendam mal, não que eu não ache que tem que chutar de 3 também, mas a prioridade em todo ataque 5 x 5 é trabalhar a bola para uma definição confortável, seja uma bandeja, seja um chute de três, como vimos em raros momentos ontem.

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