Treinos Fechados

O tema é muito popular, não só no basquete, como no futebol e em outros esportes.

Em território nacional, já ficou bem claro que 90% dos jornalistas odeiam que os treinadores fechem seus treinos.

Ontem duas postagem chamaram a atenção a respeito do tema. No excelente blog Balanacesta, Fábio Balassiano deixa bem claro que condena a postura do tecnico Rubén Magnano em fechar seus treinos. Já no Blog do Sormani, Fábio Sormani apoia a postura do técnico da seleção.

Sobre o tema inúmeros técnicos tem se manifestado contrariamente, atirando pedras no argentino. Destes destaca-se o vitorioso Larry Brown que esteve dando uma clínica e classificou como uma bobagem essa postura de alguns de seus colegas de fecharem os treinos.

Pra ser bem sincero., eu nem gosto de falar sobre este tema. E não gosto por um único motivo, não tem muito o que discutir.

O técnico é o Rubén Magnano, e o método de trabalho dele é mais do que conhecido, por tanto era mais do que sabido como ele agiria ao aceitar comandar a nossa seleção. Agora um bando de jornalistas, torcedores, comentaristas, jogadores ou ex-jogadores ficarem dando palpitada de como um profissional deve ou não trabalhar é no mínimo ridículo.

Não dá pra negar que é um direito do treinador fazer seus treinos fechados,. Sobretudo de um treinador que se propõem a abrir alguns treinos e dar clínicas a outros técnicos, mas mesmo assim tem pouca ou nenhuma procura por parte dos técnicos brasileiros.

Agora me diga: Com que moral um sujeito que não se dispôs a assistir um treino que foi aberto pode criticar a postura do Magnano em fechar os outros?

Eu acho que um dos fatores que tornou o nosso basquete uma bagunça foi o fato de que todo mundo sempre se achou no direito de dar palpite em tudo. Uma coisa é você dizer que não gosta de treinos fechados (eu também não gosto), mas outra é dizer que Sicrano ou Beltrano (profissionais, renomados ou não, mas acima de tudo profissionais), não deveriam fechar seus treinos.

Acho que já passou da hora de todos nós nos colocarmos nos nossos lugares, e acompanhar o trabalho do Magnano e de toda seleção, noticiando, analisando, comentando, mas respeitando a autonomia profissional de cada um dos envolvidos no processo.