sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Liga de Desenvolvimento Olimpico

A LDO terá início hoje em São Sebastião do paraíso, onde alguns desses jovens talentos já estiveram participando da seleção permanente que se reuniu por la na ultima temporada.

Sem dúvidas, a realização desta competição merece ser festejada, já que é uma promessa e um desejo da LNB desde a sua criação, mas só agora deve sair do papel. No entanto, é exatamente o papel (ou seja, o planejamento), que me preocupa no momento.

A criação da LDO, a abertura do NBB, por parte da LNB além da criação de seleções permanentes e a Copa do Brasil, por parte da CBB, demonstram que o Brasil escolheu ressuscitar um modelo aparentemente falido, que é o dos clubes, acreditando que inúmeros deles ainda poderão ser fortes e investir no basquete, a ponto que em um futuro, possam revelar bastante garotos e ter equipes profissionais fortes a ponto de passarmos a ter duas divisões no NBB.

Contudo temo que este pensamento seja mais que equivocado. Este modelo se parece com o modelo argentino e espanhol que por la conquistaram algum sucesso. Contudo, o basquete por la ocupam o papel de 2 esporte e não 5º ou 6º, atraindo muito mais atenção dos investidores, enquanto aqui, os clubes já se encontram falidos, não tem apelo do público e tão pouco se conseguem manter saudáveis na 1ª divisão. Imagine o que aconteceria de o Cetaf Vila Velha tivesse que jogar a 2ª divisão do NBB? Acredito que fecharia as portas e nunca mais a reabriria. E não é o único, o Brasília mesmo campeão esteve a ponto de fechar, nessa temporada não teremos uma equipe que esteve nas outras edições da competição por falta de patrocínio. Isso porque faz parte da elite, imagina se tivesse que jogar uma segunda divisão?

Para deixar claro, ainda não há nenhum posicionamento oficial sobre uma segunda divisão do NBB, porém, basta observar o óbvio para perceber que o processo natural é que a aberturada LNB para os campeões da Copa do Brasil vai levara um inchaço do NBB, e mais cedo ou mais tarde os times que tiverem pior desempenho no NBB terão que disputar uma vaga com os campeões da copa do Brasil, assim transformando a competição da CBB em uma espécie de segunda divisão do NBB.

Como já expliquei o porque este modelo de segunda divisão seria prejudicial (afinal desvaloriza a marca, enquanto lutamos para valorizá-la), trago à tona a minha proposta. Acho que para o Brasil é possível estabelecer o melhor dos dois mundos (entre o modelo de clubes e franquias).

Penso que a LNB deve fechar as portas para os campeões da Copa do Brasil, e manter como única porta de entrada a deliberação entre os clubes sobre o interesse ou não da participação do time interessado. Ao mesmo tempo, penso que os clubes participantes da Copa do Brasil tem que ter um elenco formado por 73% de jogadores que não ultrapassem os 24 anos (ou seja 11 dos 15 atletas inscritos em cada equipe), ou seja a competição passaria a ter papel fundamental na formação de atletas, dando tempo de quadra e experiencia aos jovens. Neste mesmo sentido, caberia aos times do NBB fazer uma Seleção com esses atletas, cabendo a LNB proporcionar uma contrapartida financeira aos clubes “formadores”. Ou seja, no NBB, além da vaga obrigatória do jogador sub21 formado pelo próprio clube, teria também uma vaga obrigatória para um garoto selecionado, que neste caso poderia ser até um pouco mais velho e mais experiente, com real potencial a ser aproveitado no elenco.

Ou seja, os times da Copa do Brasil além de disputar uma competição nacional, teria o papel primordial para formação de atletas, o que poderia também lhe garantir certa visibilidade, proporcionando assim conseguir mais patrocinadores para a competição, dando a ela o devido valor, quem sabe até uma transmissão em teve aberta, ainda que fosse pelo Canal Brasil (TV Pública). Não bastasse a maior visibilidade e o papel de destaque, que também ocorreria com o evento de seleção, como ocorre com o Draft da NBA. Os clubes da Copa do Brasil ainda receberia da LNB uma “indenização” pelo atleta selecionado. Com isso alguns clubes, como o Nova Iguaçu, que fazia parte da LNB, mas que não conseguiu montar uma equipe para o NBB, já teria encontrado seu espaço e sua missão no cenário nacional.

Particularmente eu realmente espero que aqueles que dirigem nosso Basquete hoje repensem o modelo atualmente adotado, antes que a mudança seja mais dolorosa.

2 comentários:

  1. Eu não gosto da idéia de ver meu time rebaixado em um campeonato do NBB, para a 2ª divisão, e pelo que vemos que várias equipes realmente tem uma dificuldade absurda para ter patrocínio na 1ª divisão, com o rebaixamento seria ainda pior.

    Noe ntanto, me coloco no lugar do torcedor de uma equipe tradicional do interior, que dificilmente teria como fazer um grande investimento como o Vasco pra entrar direto no NBB, sem a possibilidade de acesso e rebaixmaento, essa equipe vai ficar relegada a um papel de time da D-League.

    É algo muito complexo, que precisa ser pensado antes de se definir um caminho.

    ResponderExcluir
  2. Concordo com vocÊ Danilo, é uma situação muito complexa que merece uma avaliação séria da LNB em conjunto com a CBB, para que ambas possa definir qual o cenário pretendem adotar.

    No entanvo, pelo que vemos, a CBB, tem um comprometimento mínimo com a estrutura do nosso basquete se limita a fazer umas seleções permanentes, em busca de resultados imediatos para o desempenho da seleção. Enquanto a LNB acaba chamndo pra si a responsabilidade de fazer um torneio que preste para os atletas mais jovens. Vale lembrar que a CBB entra ano e sai ano promete campeonatos de base e sem explicação alguma os cancela. Esse ano ja tem vários atrasados. Vale dar uma lida no post do Balanacesta (http://balanacesta.blogosfera.uol.com.br/2011/10/06/mais-um-pouco-sobre-os-torneios-de-base-da-confederacao-brasileira/).

    ResponderExcluir