quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Pra onde vamos?

Recentemente fiz um Post, sobre a ausência de definição por parte da LNB e da CBB, quanto a estrutura que pretendem para o basquete nacional.

O cenário atual passeia entre o modelo americano de franquias e o modelo de clubes, como o utilizado no nosso futebol pela CBF, mas sem definir claramente o que pretendem as entidades máximas do basquete nacional, quando o novo modelo chegar a sua maturidade.

O sucesso inicial do NBB, somado aos bons resultados das seleções, tem atraído novamente os investidores para o esporte, a ponto do Flamengo ter conseguido contratar o Leandrinho durante o período do Lockout, do Franca estar podendo reformar o ginásio e sobre tudo de equipes tradicionais, como Mogi Mirim, Vasco da Gama e COC/Ribeirão Preto, estarem dispostos a voltar com força máxima ao cenário nacional.

No entanto, pergunto eu: Até quando LNB e CBB poderão se dar ao luxo de se calar e não definir uma estrutura rígida para o basquete nacional? Afinal, hoje contamos com 16 equipes inscritas no NBB4, e mais 2 licenciadas, que pretendem voltar na próxima temporada. Somando-se a estas, as 3 supramencionadas, já seriam 21 equipes no NBB.

Alguns dirão que isso é uma coisa boa, que um país de dimensões continentais como o nosso, não pode ver seu basquete representado por apenas 15 equipes como foram as primeiras edições do NBB. Contudo, vale lembrar que a NBA, que representa dois países de dimensões continentais, conta com 30 times, e ainda sim tem contestado esse numero de times considerando que o elevado numero colaborou para a queda do nível técnico e a consequente diminuição no lucro dos donos de equipes que geraram o atual lockout.

Nesse sentido, também vale lembrar, que o esporte numero 1 do país, conta com apenas 20 times na primeira divisão, o que tem contribuído muito para o alto nível da competição, onde não tem jogo previsível.

O que quero dizer com tudo isso é: ou a LNB e a CBB, encerram com a porta de entrada ao NBB através da Copa do Brasil, deixando como única porta de entrada a inscrição junto a Liga a ser avaliada sobre os critérios de conveniência e oportunidade para aprovação da franquia. Ou então criam um segunda divisão para o NBB, com 10/15 equipes, incluindo as vindas da Copa do Brasil para ai sim disputar uma vaga na elite, que passaria a sofrer com o rebaixamento, que já deixei bem claro que tende a ser um tiro no pé. Ou ainda, faz da própria Copa do Brasil uma espécie de segunda divisão o que acho ainda mais absurdo.

O importante é definir um caminho, afinal, se na próxima temporada os times licenciados retornarem, Vasco, COC e Mogi apresentarem belos projetos de participação na liga e duas equipes com estrutura semelhante as que já estão presentes ganharem a Copa do Brasil? O que fará o NBB?

Joga todo mundo? 23 equipes no NBB5? E o no ano seguinte? Se o Sírio e o Monte Líbano também resolverem voltar? Serão 27 no NBB6? Vale lembrar que em muitos desses casos o surgimento de uma equipe ou o renascimento de uma pode significar o enfraquecimento ou a extinção de outra. Vale observar o caso do Brasília que é a atual Bicampeã do NBB e perdeu boa parte de suas forças na ultima temporada, com o retorno de Uberlândia que levou alguns de seus principais jogadores. E agora o COC também ameça levar outros grandes jogadores da equipe, vide basqueteria.

Já passou da hora de definir o caminho do Basquete brasileiro, senhores dirigentes da LNB e da CBB mexam-se!

3 comentários:

  1. Pra lugar nenhum!

    Apesar da nova visibilidade, os dirigentes do basquete continuam os mesmos.

    Não existe uma gestão empresarial séria, nem da LNB nem da CBB, que ainda administram o basquete, na base da troca de favores.

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  2. Do jeito que esta, qualquer um com dinheiro monta um time pra joga o NBB em um ano e sai no outro, como foi o Telemar a anos atrás.

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  3. O unico jeito é criar uma segunda divisão, porque realmente acaba sendo inviavel o crescimento descontrolado do NBB.

    Com uma segunda divisão, as equipes que investem continuamente no basquete tendem a se solidificar e ficar na primeira divisão. Diferentemente das equipes de ocasião, que aparecem em uma temporada e na outra somem.

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