Argentina no foco

Bom, acho que já passou da hora de falarmos dos nosso “hermanos” argentinos. Os craques argentinos estão de folga e o momento é propício para uma análise dos dois primeiros jogos do esquadrão argentino em Mar del Plata.

Na estreia o time de Manu Ginobili e Luis Scola encarou a frágil seleção Paraguaia. Como era de se esperar o jogo foi fácil e com direito a show, logo de no início a Argentina apertou a defesa e abriu 10-2 com 8 pontos de Luis Scola.

Com uma defesa sempre forte a argentina emplacou vários contra-ataques com direito a enterradas e belos passes de efeito. Como o jogo ficou fácil foi natural rodar o time todo e os destaques da partida acabaram sendo: o ala-armador Quinteiros que fechou a partida com: 19pts, 4reb, 2ass, 2roubos e um belo aproveitamento de 50% nas bolas de 3 e 83% nos chutes de 2; além do Pivo Gutierrez, que fechou a partida com: 12pts, 8reb, 4tocos bem como um aproveitamento de 89% nos Lances Livres.

Ontem contra o Uruguai a pegada foi a mesma. Os argentinos abusaram da defesa e da solidariedade no ataque. Os contra-ataques também fluíram com facilidade. No entanto, por se tratar de um time um pouco mais qualificado, o protagonismo ficou por conta das estrelas. Destaques para: Luis Scola que contribuiu com: 18pts, 4reb, 1ass e um aproveitamento de 73% dos chutes; bem como Andrés Nocioni que distribuiu: 16pts, 10reb, 2ass com um incrível aproveitamento de 83% nos chutes de 2 e 100% nos chutes de 3.

O fator que chama a atenção ao vermos o boxscore da Argentina é que mesmo quando um jogador esta com a mão “pegando fogo”, como foi o caso de Andrés Nocioni e Carlos Delfino na ultima partida, ou Pablo Prigioni e Quinteiros na estreia. Os jogadores não abusam dos chutes de 3.

Por outro lado a média de 20 assistências por jogo deixam claro que a individualidade tem aparecido dentro de um jogo coletivo e equilibrado, no mesmo sentido percebe-se que massacrar duas equipes de níveis diferentes nos dois primeiros jogos deixou claro que Argentina não será surpreendida por ninguém, por mais que não precisem jogar o seu melhor basquete em todos os jogos, jogam sério o suficiente, de acordo com o tamanho do adversário. Por lá ninguém entra em quadra achando que vai ganhar sem fazer força.

Por fim, só pra constar, ontem de madrugada vi o VT da partida entre Paraguai e Porto Rico, bom, na verdade vi apenas até o cronometro apontar 4min para o fim do 3º período. E mesmo sabendo que faltava bastante jogo para o fim (14min, no basquete é uma eternidade), não da pra acreditar que o jogo terminou 101x55 para os Porto-riquenhos. Isso porque quando eu desisti de assistir a partida e fui dormir, o placar apontava 57x40 para Porto Rico, ou seja. Significa dizer que nos 14 minutos finais Porto Rico emplacou um monstruoso: 44 a 15. Tudo isso, sem as bolas de 3, afinal no fim foram só 5 convertidas em 20 tentadas (ao longo da partida).