Nem no presente, nem no passado nem no futuro

Sei que todos nós estamos em êxtase com o retorno aos jogos olímpicos, com o progresso que a seleção mostrou assimilando a filosofia de jogo do Rubén Magnano e com os novos valores que Magnano vem “descobrindo” a cada convocação.

No entanto, aquele bate-papo que rolou no botequim do Sormani me fez querer saber mais sobre os nossos ídolos do passado e conhecer melhor a história da carreira de cada um.

Como era de se esperar, não encontrei quase nada. Site da CBB, pra ser ridículo tem que melhorar muito. Apesar de não haver muita dificuldade para se encontrar a “Galeria dos Campeões” a lista de atletas poderia ser mais organizada, separando masculino e feminino por exemplo, haja vista que tem alguns nomes que podem gerar confusão para aqueles que não conhecem. Ao clicar no nome do atleta, tudo que vemos é uma ficha técnica básica, sem nenhuma referencia aos grandes feitos, prêmios, estilo de jogo e etc. As estatísticas então... desanimante, você tem uma bagunça danada, com o numero de jogos e pontos do atleta em cada competição, mas sem uma média total do jogador com a camisa verde e amarela, ou seja, o site da CBB não ajuda em nada a dizer quem foi Wlamir Marques. para o guri que acabou de ver o Brasil se classificar para as olimpíadas de Londres e se interessou pelo basquete.

Com a frustração no site da CBB, parti para a fonte mais segura que temos, o site da FIBA. Nele tive acesso ao arquivo completo da FIBA, onde todos os jogos da entidade e os jogos olímpicos estão armazenados. Porém, e neste caso sempre tem um porém, grande parte dos nossos atletas tem mais de um perfil (com o nome escrito de modo diferente em cada um deles), e com isso alguém desatento pode visitar um perfil do Amaury Pasos e acreditar que o craque não fez parte do time bicampeão mundial, como um de seus dois perfis sugere, ou ainda ver apenas um dos três perfis do do Carioquinha e também tirar conclusões equivocadas sobre ele. Tudo isso sem contar que sequer exite perfil de nomes como Afonso Évora.

Deixando um pouco de lado os craques do passado e nos limitando ao presente, o site da CBB bem que podia ter link para os perfis de seus atletas nos sites das respectivas ligas em que jogam. No mesmo sentido o site da LNB mesmo sendo incomparavelmente melhor que o da CBB, ainda deixa muito a desejar, tem poucas informações sobre os atletas, é absolutamente lento na atualização (ainda apresenta os elencos da temporada passada), e não tem nenhum dinamismo nas estatísticas, não é nada fácil saber as médias da carreira de um atleta.

De fato, com toda essa minha saga quero deixar claro que os atletas do futuro, que hoje são apenas jovens fãs do esporte, não tem o menor acesso à informações sobre os ídolos do passado e do presente, e com isso fica muito difícil cativá-los para que possam se tornar ídolos no futuro.

O pior de tudo é que a cada vez que eu leio uma declaração do José Carlos Brunoro, diretor de marketing da Confederação Brasileira, fico totalmente sem esperanças de que este cenário mude a curto prazo.