quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sobre Leandrinho e algo mais

Ontem Fabio Sormani revelou uma histórias que somada a entrevista do Fabio Balassiano, ajuda a desvendar um pouco mais da personalidade do Leandrinho Barbosa.

Particularmente, eu sempre tive a impressão que o discurso do Leandrinho era típico do falso humilde. Tenho a impressão, que ele sempre tentou se desvencilhar de um ar de arrogância que, aparentemente lhe pertence, para vestir aquela pele de bom moço, que é tão cobrada pelo público e pela mídia.

O problema maior é que da certo. A a falsa humildade, da queles discursos em que ninguém pode falar uma frase mais acida, as falas são todas iguais e politicamente corretos, mas sem qualquer sinceridade vem ganhando cada vez mais espaço, sobre tudo na mídia.

Basta fazer uma avaliação básica da imagem de Leandrinho e sus companheiros de NBA, Nenê e Varejão. O Ala armador é sem duvidas que tem a melhor imagem. Em uma comparação com o Varejão basta dizer que o jogador que faz parte da elite dos defensores do basquete mundial é quase um anonimo entre os não basqueteiros, enquanto o Leandrinho é uma “celebridade”. Já no duelo com Nenê já vi várias vezes comentários de que o Leandrinho é o brasileiro de maior sucesso na NBA (absurdo), e sem contar que apesar de ter pedido dispensa por contusão no pré-olímpico mundial pra jogar bola com Steve Nash enquanto o Nenê estava se tratando de um câncer, alem do atual episódio de ambos que já foi mais do que debatido, e com tudo isso a imagem do Nenê é queimada e a do Leandrinho permanece intacta.

Esse fenômeno da supervalorização do discurso de humildade e a proporcional desvalorização daqueles que não escondem os pontos menos atraentes de suas personalidades, provoca uma ideologia hipócrita de toda nossa sociedade.

Pode não parecer, mas aquilo que começou quando agente execrava um Argel que nos anos 90 dizia que ia dar uma tesoura no adversário se ele tentasse lhe dar uma caneta em um jogo de futebol, tomou proporções absurdas ao ponto de não ter uma entrevista a beira dos campos ou das quadras que nós já saibamos exatamente o que o atleta vai dizer e como vai dizer, e por tanto deixa de ter qualquer importância. E Vale lembrar que a personalidade dos jogadores não mudou por isso, a diferença é que hoje jogadores como Airton, Domingos e outros fazem a mesma coisa, mas na hora da entrevista, falam que foi sem querer, que foi na bola e etc...

Acho que já passou na hora de fazermos um meia culpa e percebermos que quando agente cobra que o atleta tenha aquele discurso hipócrita e falso agente não só supervaloriza os falsos, como desvaloriza os sinceros. Me diga que valor teria bons moços sinceros como Airton Senna e Kaka (sem comparar um com o outro, pelo amor de Deus), se Nelson Piquet e Luis Fabiano tivessem o mesmo discurso?

Nessa esteira do discurso hipócrita, agente vê jornalistas fazendo campanhas absurdas contra comemoração de gols com jogadores imitando atiradores, ou dizendo que jogadores que comemoram com dancinha menosprezam o adversário e por ai vai.

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